3 de julho de 2011

Hackers (1995)


Estava já há algum tempo para ver este filme, que por um motivo ou por outro sempre me escapou ao radar. A temática é algo que me interessa, principalmente nos dias que correm, e como tal estava relativamente curioso para ver qual é que era a percepção sobre os hackers há mais de uma década atrás, quando os computadores não tinham, nem de longe, o poder e influência que têm na sociedade como nos dias de hoje.

A história começa com um miúdo de 11 anos a ser condenado por ter crashado cerca de 1500 computadores e causado variações nas cotações da bolsa por causa disso. Como consequência, fica proibido de aceder ou possuir um computador até ter 18 anos. Fast forward sete anos e temos o mesmo miúdo, já mais adulto, mas nem por isso menos desinteressado em computadores e no seu 'lado negro'.

Não demora muito tempo até que alguns colegas da escola onde anda descubram as capacidades dele e o integrem no seu grupo de hackers de elite. No meio deste grupo, um aspirante a membro invade o sistema de uma companhia de óleo e tenta copiar uma das pastas do seu arquivo, para conseguir provar que também ele merece pertencer ao grupo de elite. Infelizmente para ele, o ataque foi detectado pelo responsável por informática que prontamente identificou de onde vinha o ataque. Acabou assim por ser preso no dia seguinte, não sem antes passar a disquete para onde ele copiou a informação a um dos outros hackers.

Entretanto, o tal chefe do departamento de informática planta um vírus no sistema para conseguir cobrir o esquema de extorsão de dinheiro que tem em curso e que não quer que seja descoberto, abrindo uma caça ao grupo de hackers que lhe invadiu o sistema e o pode denunciar com a disquete que copiou. Entre chantagens ao personagem principal (por já ter sido sentenciado uma vez) a perseguições no meio da rua, tudo vale. Claro que no fim, quem fica com a melhor são os miúdos e o bem ganha.

Agora, ainda que tenha achado graça ver a Lynette das Desperate Housewives, a Dr Melfi dos Sopranos, a Angeline Jolie e o Sick Boy do Trainspotting, confesso que a idealização do futuro da informática está longe de bem conseguido, mesmo para 1995. A forma como eles se vestem, aparentando vir de um futuro médio-pouco distante (muito alternativo, espacial, radical) e as animações dos computadores deitam a credibilidade do filme por terra e servem-me um pouco como turn off. Mas se calhar é só de mim, que, afinal de contas, vi o filme 16 anos depois de ter sido lançado.

1 comentário:

jmnpm disse...

O meu ponto favorito desta review foi a forma como te referiste às disquetes, como se ainda fossem um objecto útil na sociedade moderna :P