19 de abril de 2010

Johnny Cash - At Folsom Prison (1968)


Johnny Cash foi-me apresentado, há já muitas primaveras, por uma doce rapariga. Desde então que me tornei fã dele, da música dele e também, até certo ponto, interessado na vida que ele levou. Não foi uma vida fácil, longe disso, e as músicas dele espelham bem as várias fases e problemas por que passou, tanto tem músicas alegres e cheias de boa disposição como outras melancólicas e carregadas de tristeza. Há quem concorde que foi isso, entre outras coisas, que fez dele um dos maiores artistas da América popular do século transacto e eu não discordo. O mais importante para mim, na música dele, é o sentimento que nos é transmitido e a forma sublime com que isso acontece, fluindo no tom de voz, na letra e na música que acompanha os dois.

Algures ainda no início do que viria a ser uma longa carreira, Johnny Cash decidiu fazer uma tournée algo incomum, tocando em várias prisões dos Estados Unidos para os presidiários dos estabelecimentos. A tournée revelou-se um sucesso e os dois discos que das actuações resultaram não demoraram a provar serem um sério caso de vendas. Este At Folsom Prison é o primeiro (e melhor) deles. Somos levados ao longo de uma gravação ao vivo que contém as melhores músicas da até então carreira de Johnny Cash, assim como algumas versões de conhecidas músicas populares americanas. São deliciosas as trocas de palavras entre Cash e a audiência e o pequeno diálogo com June Carter, com quem viria a casar mais tarde nesse ano.

No geral, não é um disco para qualquer ocasião, mas um que em qualquer ocasião nos vai deixar ao seu dispôr por ser simples, humilde e repleto de emoções.

1 comentário:

Anónimo disse...

Amo, mas já tivemos esta conversa. Se ainda não ouvis-te o último deste ano ouve.