Não há muitos discos que me ponham em sentido à primeira audição, diria mesmo que é raro isso acontecer. Este disco de Snapcase, lançado na ainda era dourada da Victory Records, não é um deles. Bastou-me ouvi-lo uma vez, já há quase uma década, para ficar fã da banda. Tive a sorte de os ver inicio dos anos 2000 quando foram tocar a Portugal e, apesar de na altura ainda ser um miúdo novo nestas andanças, lembro-me perfeitamente da brutalidade que foi. Não há nada como uma banda que é tão boa em disco como em palco, algo relativamente raro dentro deste meio.
Os Snapcase não tocam hardcore genérico, preferem misturar um pouco de groove com uma voz gritada e meia dúzia de experimentações dignas da nossa atenção. Já ouvi dizer várias vezes que este disco é um marco e que revolucionou/refrescou de certa forma o estilo, tendo introduzido um sem-número de características que viriam mais tarde a ser emuladas por outras bandas. Não discordo, muito pelo contrário.
A energia que este disco emana ao longo de 11 músicas é indescritível e os pormenores que nos são apresentados ao longo do mesmo não estão longe de serem bestiais. Não existe margem para erro, os Snapcase são uma das bandas mais brutais da cena hardcore americana dos anos 90 e merecem ser tratados como tal.
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