15 de maio de 2011

Bring Me The Horizon @ Brixton Academy


Num fim-de-semana, como qualquer outro, tive amigos de Lisboa a ficar cá em casa para aproveitar uns dias fora de Portugal e ir a um concerto. Desta feita o concerto era dos Bring Me The Horizon com três bandas de abertura. Tocando eles um estilo de música que me diz muito pouco, nem sequer coloquei a hipótese de ir ao concerto. Limitei-me a dizer que era na boa ficarem cá em casa e por aí ficou.

Eventualmente, devido à desistência de alguém (que não cheguei a perceber quem era), havia um bilhete a mais e ninguém para ficar com ele. Depois de alguma insistência rendi-me à ideia de ir ao concerto, já que ia passar o dia com eles a passear por Londres, acho que não teria nada a perder em ir. Música pesada há-de ser sempre música pesada e se der para fazer headbang, eu sinto-me vivo.

Depois de um belíssimo dia solarengo a passear por Londres, que incluiu alguns devaneios na Hamley's e uma passagem breve pela loja da marca de roupa do vocalista de Bring Me The Horizon (inaugurada nesse dia e que tinha uma fila de cerca de 100 pessoas miúdos com acne para entrar), fomos para a sala a calcular chegar lá cerca de uma hora antes da abertura das portas. A minha experiência dizia que a fila ia ser grande, o que não esperava era que desse uma volta completa ao quarteirão. Nunca tinha visto nada assim. Lá nos encostámos na fila à espera do resto do pessoal que vinha ao concerto connosco.


Quando chegaram, não muito tempo depois, eu e o João fomos até um pub lá perto ver a segunda parte do jogo do Chelsea com o Tottenham Hotspur. Se o Tottenham ganhasse o jogo o Chelsea iria ter muitas dificuldades em apanhar o United na corrida pelo título por isso era um jogo com algum interesse. O pub era típico de bairro e cheio de bairristas. Curiosamente não se podia falar ao telémovel lá dentro e era obrigatório consumir uma bebida por cada parte do jogo. Nunca tinha visto nada assim e sempre que tiver na área com hipótese de o fazer, evitarei lá entrar. Quando lá chegámos o resultado era 1-1 e embora os Spurs fossem puxando devagarinho, o Chelsea era quem estava a dominar o jogo. Perto do fim do jogo voltámos para a fila, que já passava da hora da abertura das portas. Quando chegámos eles já estavam quase a entrar (e fulos connosco por termos desaparecido) mas correu tudo bem e entrámos em menos de 10 minutos. O jogo acabou 2-1 com vitória para o Chelsea, golo marcado pouco depois de termos saído do pub.

Aparentemente a Brixton Academy é uma gum-free venue e tive que deitar fora tanto a pastilha que estava a mascar, como o resto do pacote, que tinha no bolso. O que vale é que só tinha mais duas. Quando entrámos os Devil Wears Prada já estavam a tocar há algum tempo e só deu mesmo para ver 2 ou 3 músicas. Sinceramente, não é horrível mas também não é nada de especial. Sempre que oiço bandas deste género fico com uma ligeira sensação de deja-vu em relação aos riffs.

Seguidamente tocaram os Architects, que para mim soaram nada mais, nada menos que a mais do mesmo. A minha teoria de que este tipo de banda representa para os miúdos 'mainstream alternativos' de hoje o mesmo que o nu-metal representou para a minha geração há 12 ou 13 anos atrás vai-se consolidando com o tempo. Se fizessem um top das pessoas mais velhas na sala, que devia ter capacidade para alguns milhares de pessoas e estava cheia, eu não devia estar longe dos mais velhos. Isto, claro, se não contarmos com os inúmeros pais que foram acompanhar os filhos (e havia alguns...!). Os Parkway Drive vieram a seguir e a surpresa não foi muita, se me fizessem um Pepsi Challenge entre as 4 bandas acho que ia falhar redondamente. Mais riffs pesados, mais partes melódicas. Há que lhes dar crédito pela presença em palco, que era de facto alguma coisa.

Depois deles fomos dar uma volta pela sala para ver o que se passava e acabámos ao pé de uma máquina que tivarava fotos e as mostrava numa parede com ecrãs para esse feito. As fotos poderiam mais tarde ser conferidas na página da Brixton Academy no Facebook. 


Por fim, subiram ao palco os Bring Me The Horizon. Apesar de já ter ouvido falar muito deles nunca os tinha ouvido sem ser por acaso. O concerto foi bom, ainda que o que eles toquem esteja longe de ser um estilo de que goste. Todo o espectáculo é reminiscente de um Mini-Chuva de Estrelas, a começar nos miúdos em cima do palco e a acabar na audiência que os tenta emular a todo o custo. Ainda assim há que lhes dar mérito por um concerto bem estruturado e um espectáculo bem conseguido onde houve espaço para bolas insufláveis gigantes que faziam as delícias da audiência e um BMTH luminoso que apareceu perto do fim do concerto por trás da banda. Depois deste concerto não tenho dúvidas que no campeonato deles, os Bring Me The Horizon sejam campeões.

A noite acabou mais tarde num Subway ao pé de Tottenham Court Road e depois de uma pequena paragem aqui em Hammersmith eles seguiram para o aeroporto onde apanhariam uma voo madrugador de volta para Lisboa. Good times!

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