6 de fevereiro de 2010

Henry Rollins - Frequent Flyer Tour


Fui dia 15 de Janeiro até ao Royal Festival Hall ver o meu querido e muito respeitado Henry Rollins. Sendo um já longo fã dele, das ideias dele e das bandas dele não podia caber em mim de contente por finalmente ter esta oportunidade. Em 2008, quando ele veio cá, ainda eu era um fresco estreante nesta grande cidade e não tive hipótese de o ir ver por motivos financeiros (tempos difíceis esses).

Eu diria que o auditório do Southbank Centre deve ter capacidade para cerca de 1000 pessoas sentadas e não minto ao dizer que estava a rebentar pelas costuras. Acho engraçadíssimo que pessoas que não tenham o mesmo background que eu, e outros miúdos do hardcore, se interessem pelo Henry Rollins. Até pais com filhos lá havia! Não contava encontrar ninguém conhecido mas mal lá cheguei e me sentei no meu lugar avistei a Rachel e o Frank com quem tive uma agradável conversa até o espectáculo começar.

Desta feita, e como o nome da tour indica, o Henry focou-se em falar das últimas viagens que fez, maioritariamente pelo Médio Oriente e Índia. Contou dezenas de histórias naquele jeito que só ele tem. Falou das eleições na América e o quão continua a odiar o país e a forma como funciona. Embrenhei-me principalmente no relato da experiência que ele viveu na Arábia Saudita, passeando com princípes e visitado palácios e o contraste com as viagens ao Sri Lanka e à India, onde a pobreza reina e nada é particularmente fácil. Inspira-me de certo modo esta vontade constante que ele tem de sair e ir ver com os próprios olhos tudo o que seja diferente e/ou arriscado. Sorri de soslaio quando ele falou de Black Flag, de estar com o Ian e de ter ido ver há pouco tempo um concerto de Bad Brains. Apontei no bloco de notas mental que tenho que arranjar a série Sons Of Anarchy urgentemente, onde ele faz de guarda apoiante de extrema direita.

No fundo, e depois de 2 horas e 45 minutos de discurso sem paragens, não pude deixar de reforçar a ideia de que ele é claramente uma figura de respeito para mim. Daquelas pessoas que ouvimos com atenção, pensamos no que dizem e até certo ponto pensamos como gostávamos de fazer igual. Inspirador, como sempre.

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