20 de março de 2010

No Warning - Ill Blood (2002)


Facilmente, e sem contestação, o melhor disco de hardcore da década que passou. Um disco que tira proveito de uma boa produção para dar ao mundo 12 músicas que hão-de ficar para a história do hardcore como outras de bandas seminais da década de 80 ficaram. Apelidado por mim várias vezes como sendo o Age Of Quarrel do século XXI devido ao impacto que teve e ao que trouxe de novo à cena, é um pouco difícil avaliar o disco sem entrar em pormenores sobre o porquê de ser tão bom.

O trabalho de guitarra é soberbo, com riffs malandros e uma boa mescla de partes rápidas e lentas. O som de baixo que a acompanha, tem um poder imensurável e a bateria vai acompanhando este tanque sonoro de forma abrasiva. A forma como Ben Cook canta sem fôlego nas partes rápidas e raivosamente nas lentas dá o toque a No Warning que mais nenhuma banda tem. As letras falam basicamente de gente estúpida e fazem-no de forma directa o suficiente para haver partes com que toda a gente se indentificará.

É um disco para se ouvir muitas vezes em repeat, para ler as letras, para ir descobrindo os pormenores todos que o fazem, para ir tocando no ar e para usar como antídoto contra o mundo lá de fora e a pressão que ele nos traz. Todas as músicas são boas, todas têm o seu charme.

A cereja no topo do bolo será o artwork que é simplesmente lindo de morrer e 100% de acordo com o som do disco. Fica aqui a título de curiosidade que o único solo de guitarra do disco foi gravado pelo Matt Henderson, dos Madball e, sim, é o Porter que diz o bust na Short Fuse.

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